segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Moda e Historia

1960-1969


Nos anos 60 a transformação da moda foi radical. Era o fim da moda única, que passava a ter várias propostas e a forma de se vestir se tornava cada vez mais ligada ao comportamento.


A moda dos anos 60 trouxe também os vestidos tubinhos que eram bem agarradinhos e mostravam todas as formas do corpo e foram um grande sucesso. Esses vestidos eram estampados e sempre com cores vibrantes.


-O vestido Mondrian de Yves Saint Laurent (obra de arte no corpo)


-A silhueta curvilínea


-As listras e estampas psicodélicas da op art


-Silhueta geométrica, novos materiais (tecidos), tecidos sintéticos, botas de plástico.














1970-1979


Anti-Moda


Os anos 60 ficaram na memória como a grande época da revolução da juventude, enquanto os anos 70 se destacaram pela sua irregularidade, não tendo um perfil definido. Foram tudo menos calmos, pois nesta década prosseguiram as transformações em grande escala. A libertação sexual, as experiências com as drogas ou a reclamação dos direitos das mulheres – tudo deixou de ser um programa de minorias, sendo aceito e levado à prática pelas grandes massas.


Antimoda era palavra-chave. Desde as calças boca de sino, os trajes de algodão barato, tudo era permitido, até os trajes de alta costura, tudo era permitido, desde que não tivesse um aspecto normal. O que tornava difícil alguém se vestir. Em caso de dúvida, as pessoas decidiram-se pelo Jeans, que havia se transformado no uniforme dos não conformistas.





• Alguns Estilistas que começaram na década de 70: Terry Mugleer- Se consagrada pelas formas estruturadas dos ombros e pela cintura de vespa que tinham suas criações de pegada futurista.


• , Jean Charles Castelbajac - criou em 1970 na Itália uma linha de calças jeans chamado "Jesus“.


• Claude Montana – Total revolucionário sua marca registrada era os ombros super marcados e a cintura fina e seguem como fonte de inspiração para vários estilistas contemporâneos.


• Jean Paul Gaultier - Muitas das seguintes coleções de Gaultier têm-se baseado em street wear, com foco na cultura popular, e ele também é o criador do corselete usado por Madona.


• Kenzo - agradou aos jovens que após a era das manifestações estudantis procuravam um estilo alternativo, jovial e descontraído.


• Hanae Mari- No Japão ela é considerada um ícone das mulheres liberais, pois foi uma das primeiras a concretizar uma carreira profissional, por três vezes consecutivas os uniformes das aeromoças japonesas foram desenhados por ela.


• Issey Miyake - não se identificou com a formalidade que a alta costura oferecia às mulheres. Ele também começou a mudar a forma das passarelas, introduzir efeitos de iluminação e a usar trilhas sonoras diferentes. Bem humorado, ele também fez desfiles extravagantes.






1970-1979 Moda Inglesa


Os garotos ingleses desempregados, barulhentos e cheios de alfinetes chamados Punks, assim dava inicio o movimento punk. Alguns estilistas que começaram a fazer sucesso a partir dessa época foram: Normam Hartnell, Hardy Amies, Biba, John Galliano, Alexander Mc Queen, Stella McCartney entre outros.


1980-1989 Vestido para o Sucesso


Faltanto apenas 20 anos para o final do milênio, a moda decidiu olhar para trás. Voltam os suntuosos vestidos de baile (Christian Lacroix é seu principal mentor) e ternos muitíssimo bem cortados. O futuro sim ou era aquele sonhado nos anos 60 ou um século XXI definitivamente retrô (em Blade Runner, de 1982, habitantes de 2019 vestem-se como num filme dos anos 40). Uma nova estabilidade econômica abafou protestos e o sonho hippie.


Para vestir tanta boa forma, entre em cena o tunisiano Azzedine Alaïa, providenciando uma silhueta ajustada para valorizar cada contorno feminino. Claude Montana e Thierry Mugler enfatizam ainda mais o corpo poderoso através de ombros estruturados e cinturas estreitas.




Um estardalhaço acontece nas ruas de Londres: jovens de camisetas rasgadas, jeans surrados, jaquetas de couro tacheadas, correntes e alfinetes, pintam os olhos pintados e arrepiam as cabeleiras de modo aterrorizante. Chamam-se Punks. Têm no som do grupo Sex Pistols e nas roupas de Vivienne Westwood a sua mais perfeita tradução.

Em Paris a anarquia é outra, estilosa e intelectual. Jean Paul Gaultier celebra a boêmia com boinas, listrado marinheiro e muito babado. Rei Kawakubo (Comme des Garçons) e Yohji Yamamoto elegem o preto, os saltos baixos, a ausência de ornamentos, a pureza do design e o radicalismo em propostas contuntendes: pulôveres esburacados e trajes.






1980- 1989 Moda Italiana






A partir dos anos 80 a Itália deu à cultura mundial nomes emblemáticos que se mantém como símbolos do mundo contemporâneo, tais como, entre outros, Valentino, Versace, Armani, Dolce e Gabbana, Prada entre outros.


Podemos citar algumas caracteristcas de cada estilista como por exemplo os pijamas de vestir de Galitzine, as formas extravagantes de Capucci, a elegância de Valentino, a revolução introduzida por Armani e o estilo barroco e colorista de Versace marcaram a moda mundial e criaram estilos de vestir mundiais.














1990-1999


Vestiam-se com o minimalismo sisudo de Giorgio Armani, a aristocracia de butique de Ralph Lauren e a feminilidade super eficiente de Donna Karan.


A moda conceitual- Atualidade da moda e novos estilistas.










Estilistas Brasileiros (Alguns)


Zuzu Angel


Nascida no interior de Minas Gerais, mudou-se quando criança para Belo Horizonte, onde começou a costurar e criar modelos, fazendo roupas para as primas,[1] mudando-se depois para a Bahia, onde passou a juventude. A cultura e cores desse estado influenciaram significativamente o estilo das suas criações. Pioneira na moda brasileira, fez sucesso com seu estilo em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos.


Em 1947, foi morar na Cidade do Rio de Janeiro e nos anos 50 iniciou seu trabalho como costureira, quando fazia roupas principalmente para alguns familiares próximos. No princípio dos anos 70, após muitos anos de costura e ganhando um dinheiro que teve que juntar a vida toda abriu uma loja de roupas em Ipanema.


Seu estilo misturava renda, seda, fitas e chitas com temas regionais e do folclore, com estampados de pássaros, borboletas e papagaios. Zuzu também trouxe para a moda as pedras brasileiras, fragmentos de bambu, de madeira e conchas.


Sua trajetória na moda brasileira foi construída em pouco mais de dez anos de carreira, sendo que a marca e o estilista Alexandre Herchcovitch obtiveram uma grande repercusão e reputação no mundo da moda brasileira e internacional.






Alexandre Herchcovitch


O estilista paulistano Alexandre Herchcovitch cria anualmente 4 coleções para a própria marca, criações de produtos licenciados para diversas empresas, desfila suas coleções na Semana da Moda -7th on Sixth, em Nova York, e duas vezes por ano no São Paulo Fashion Week.Ele tem 4 lojas no Brasil e uma loja no Japão, além da loja virtual.


Em 2002, Herchcovitch assumiu a direção de criação da Cori, com a missão de rejuvenescer a clássica grife, que, com uma nova cara, ingressou no São Paulo Fashion Week.


O estilista assumiu em 2006 a direção da Faculdade de Moda da FMU, em São Paulo. E ainda lançou recentemente um concurso de modelos, na tentativa encontrar alguém que representasse a "beleza brasileira".


Isso tudo sem contar a diversidade de produtos que tem criado em parceria com grandes marcas: calçados para a Democrata, jóias para a Dryzun, meias e cuecas para a Lupo, fundos de tela de telefones celulares para a Motorola, sandálias para a Melissa, cadernos para a Tilibra, Óculos para a grife brasileira Chilli Beans. Uma dessas parcerias, com a Hello Kitty, chamou a atenção da cantora Björk, que saiu na revista francesa Art Actuel em 2003, vestindo uma camiseta com a estampa de Carmen Miranda.






Isabela Capeto


Após passar pela área de criação de marcas famosas brasileiras, inaugurou ateliê próprio em 2003. Desde então a marca realiza showroomssemestrais em Paris, e suas peças já são encontradas em cerca de vinte países, entre os quais Japão, Reino Unido, França e Estados Unidos da América.


A mídia internacional também vem garantindo destaque à estilista, que já recebeu citações na Collezione Donna, Conde Nast Traveller, Teen Vogue, ID, Jalouse, Elle France e Vogue América


Após estrear com sucesso no Fashion Rio em janeiro de 2004, Isabela estreou na São Paulo Fashion Week.Recentemente criou uma coleção infantil para a rede de Fast fashion C&A.






Reinaldo Lourenço


. é um estilista brasileiro que foi casado com a também estilista Glória Coelho com quem teve um filho o estilista Pedro Lourenço.


Iniciou a carreira como assistente da então futura esposa Glória Coelho e trabalhou como produtor da consultora de moda Costanza Pascolato na Editora Abril. Daí, foi estudar na França no Studio Berçot com a diretora Marie Ruckie. Em 1984, lançou a própria marca, posteriormente desenvolveu uma coleção de camisetas para a Hering e lançou uma linha de jóias em parceria com a indústria Denoir. As roupas do estilista podem ser encontradas em suas loja no bairro dos Jardins, em São Paulo, em mais de 120 multimarcas brasileiras e em butiques chiques dos Estados Unidos, França,Reino Unido, Itália e Japão. Atualmente o estilista desfila duas coleções anuais na São Paulo Fashion Week.


O estilista já fez duas coleções para a rede de Fast fashion C&A


Ronaldo Fraga é um estilista brasileiro. Nascido em Minas Gerais e graduado em estilismo pela Universidade Federal de Minas Gerais, estudou em Nova York, cursou a Parson's School com a bolsa que recebeu por ter vencido um concurso da empresa Têxtil Santista.


Em Londres, aprendeu chapelaria na Saint Martins e, junto com o irmão, abriu uma pequena produção de chapéus, vendidos nas famosas feiras de Camden Town e Portobello.


Em 1996, participou do Phytoervas Fashion, em São Paulo. Em 1997, ganhou o prêmio de estilista revelação. Logo em seguida lançou a sua marca própria. Após participar da Semana de Moda - Casa de Criadores, Fraga foi convidado a entrar no São Paulo Fashion Week e desde então desfila nas duas edições anuais do evento. Logo na segunda participação, as roupas para o verão 2001-2002, inspiradas em Zuzu Angel, foram indicadas como melhor coleção feminina de 2002 para o prêmio Abit - Associação Brasileira da Indústria Têxtil.


As roupas de Ronaldo Fraga são vendidas em duas lojas próprias, uma em Belo Horizonte e outra em São Paulo, e em 30 multimarcas espalhadas pelo Brasil.






Jum Nakao






un Nakao fezobra magnificas como :roupas confeccionadas com papel vegetal, bordados para o acabamento e muita criatividade.


A performance Costura do Invisível levou Jum Nakao à fama na área de moda, na qual não se costuma priorizar um olhar mais teórico e reflexivo nas ações ritualísticas de seus desfiles e lançamentos. Trata-se de um estilista nascido em 1966, no interior paulista formado em Artes Plásticas e que desenvolve e explora seu conhecimento para suas criações artísticas e mercadológicas há 25 anos. Dados biográficos indicam que desde sua infância adorava desconstruir e construir brinquedos e equipamentos eletrônicos – um prazer com o isolamento criativo. Neto de japoneses, seu pai passou uma forte tradição da cultura nipônica, como princípios, costumes e arte japonesa, as quais têm uma relação intensa com o silêncio, o vago, a percepção do tempo e a abrangência sensorial distintas.


Na adolescência, imaginava que o suporte de seu trabalho seriam as mídias digitais e eletrônicas; porém, com o envolvimento de seu sonho em desenvolver coleções de moda, afastou-se do curso de computação. Amante das artes plásticas, prospera no cruzamento entre as artes e a moda em suas obras. Insere-se dentro do contexto das Artes Plásticas, as quais estudam os manifestos artísticos desde os primórdios da existência humana, seja para exprimir sentimentos ou para apenas representar suas inspirações, na pintura, escultura, música ou nas contemporâneas mídias tecnológicas. O que Nakao critica é o formato repetitivo das semanas de moda, em que há o retorno do mesmo sem despertar a sinestesia do sensível num sistema mercadológico fugaz. Em entrevista dada por intermédio de registros enviados a esta pesquisadora pelo próprio Jum Nakao, ele afirma que a moda é algo que o aproxima das pessoas. Ele busca a moda como promessa de beleza e sofisticação, ornamento e leveza e, ao mesmo tempo, um questionamento sobre tudo que ela promete comercializar ou dar acesso. Assim, embaralhando os circuitos, ele cria um paradoxo que, dependendo do conceito do trabalho, não é direcionado mercadologicamente, embora se torne surpreendente como arte. Com isto, acaba colocando em xeque tanto a noção de moda como fenômeno de consumo, como embaralhando as relações entre moda e arte, levando o espectador a pensar os diferentes aspectos que este fenômeno pode alcançar.














Estilistas Pernambucanos (Alguns)


LEOPOLDO NÓBREGA

Leopoldo Xavier Nóbrega - 29/04/1977

Nascido no Recife, PE, iniciou suas atividades artísticas em 1990, participando da EXPOARTE / UFRPE. Cursou Desenho e Pintura na Galeria Arte Plenna, com a artista plástica Carmo Xavier; e estudou diversas técnicas (cerâmica, pigmentação de argila, modelagem de escultura e outras). Realizou várias exposições individuais e participou de diversas coletivas em Salões, Galerias e Espaços Culturais do Nordeste, mais recentemente: IIFenart, João Pessoa, PB (1995); Projeto e execução cenográfica p/ show (Esp. Cultural Arlequino - Recife, PE). 1995: Painéis para Congresso de Menores Abandonadas / Casa de Passagem - Recife, PE, 1995; "2º Parque de Esculturas" (1995) e "Esculturas no Parque" (1996) / Teatro do Parque, Recife, PE. Projetos e trabalhos cerâmicos para órgãos públicos e empresas privadas. Ministra curso de Modelagem e Esmaltação em Cerâmica, em seu Atelier e na Oficina de Cerâmica Arte Plenna - Recife, PE

Melk z-da


Melk Z-Da é um dos poucos estilistas conceituais que se apresentam no Fashion Rio. E sabe disso. E faz questão de mostrar a cada temporada coleções que façam jus ao título que recebeu dos editores de moda mais importantes do Brasil, que costumam marcar presença na primeira fila dos seus desfiles. “Conceitual neste mundo comercial é quase um título kamikaze. Mas a vida é um kamikaze. Temos de arriscar sempre ou perdemos”, comenta Melk, que cresceu em meio a retalhos e linhas, já que a mãe e as tias costuravam e bordavam. “Mas não tinha interesse algum no assunto quando era pequeno”. Mas com o passar dos anos, a situação mudou…


Melk é pernambucano e começou a exercer a profissão de estilista em seu estado, na loja de tecidos que trabalhava, em 2000. “Tinha facilidade para desenhar e um certo interesse em roupa. Mas não criava. Ninguém queria criação. Copiava os modelos das revistas”, conta, com franqueza. Para poder fazer traços melhores, se envolveu numa pesquisa profunda de modelagem. “Para desenhar a peça, eu precisava entender a sua construção”. Autodidata, Melk elaborava o croqui e partia para as confecções para acompanhar o desenvolvimento da roupa. Não demorou muito para dominar a técnica e se inscrever em um concurso de novos talentos do Recife Fashion.


Seu primeiro desfile aconteceu em 2004. No ano seguinte, Eloysa Simão, então diretora do Fashion Rio, trouxe o pernambucano para desfilar nas passarelas cariocas. No Rio de Janeiro, o trabalho de Melk começou a ganhar visibilidade e espaço na mídia. Formado em Artes, costuma tirar suas referências de livros e filmes. Já desfilou coleções inspiradas emAlice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, no filme Noiva Cadáver, de Tim Burton, e no livro Danças Dramáticas do Brasil: Folclore, de Mário de Andrade. “Quase não tenho roupas. Tenho mais livros, Cds de música e filmes. Imagens, pessoas e histórias me influenciam”, revela o estilista, que tem como os filmes preferidos Peixe Grande, Corra, Lola, Corra, e O Fantástico Mundo de Jack. Apesar de mergulhar em seu próprio universo, Melk não deixa de olhar o trabalho alheio. No Brasil, admira o trabalho de Pedro Lourenço e de Alexandre Herchcovitch. Lá fora, gosta de Alexandre McQueen, Christopher Kane e Proenza Schouler.


Melk entrega que quer mesmo é fazer roupas bem feitas e diferentes, com identidade, conceito e história. “Uma peça viva, atemporal”. Ele tem a certeza absoluta que não desenha para todas, e não parece se incomodar. “Crio para a mulher que gosta de arte e design. E que é independente”. Atualmente, o pernambucano conta com apenas três pontos de venda. Mas promete mudanças para o futuro. “Vamos aumentar no inverno 2011. Tenho um representante internacional também”, finaliza o designer, que tem um nome tão original quanto o da sua marca: Melk Zdec Elias.





Xuruca pacheco


Começou a gostar de costura aos 13 anos de idade imitando sua mãe, no interior de Pernambuco. Cria na confecção, cria fazendo. Não desenha, trabalha com produtos e peças recicláveis, colchas de lavar carro, linha de seda, barbantes. Suas roupas são diferentes, são peças únicas de bom material . Bom gosto se produz diferente, é uma obra de arte. Cada roupa demora no mínimo seis horas para ser terminada. A moda pernambucana para ela é , em grande parte, cópia da do sul e somente uma minoria cria seu próprio estilo. Já participou de um desfile pela Internet e teve uma divulgação nacional. Seu maior desejo é mostrar suas roupas para o mundo todo.

domingo, 25 de setembro de 2011

O apogeu da Feminilidade

Década de 50

A Época da Feminilidade

Com o fim dos anos de guerra e do racionamento de tecidos, a mulher dos anos 50 se tornou mais feminina e glamourosa, de acordo com a moda lançada pelo "New Look", de Christian Dior, em 1947. Metros e metros de tecido eram gastos para confeccionar um vestido, bem amplo e na altura dos tornozelos. A cintura era bem marcada e os sapatos eram de saltos altos, além das luvas e outros acessórios luxuosos, como peles e jóias.
Essa silhueta extremamente feminina e jovial atravessou toda a década de 50 e se manteve como base para a maioria das criações desse período. Apesar de tudo indicar que a moda seguiria o caminho da simplicidade e praticidade, acompanhando todas as mudanças provocadas pela guerra, nunca uma tendência foi tão rapidamente aceita pelas mulheres como o "New Look" Dior, o que indica que a mulher ansiava pela volta da feminilidade, do luxo e da sofisticação






Com o fim da escassez dos cosméticos do pós-guerra, a beleza se tornaria um tema de grande importância. O clima era de sofisticação e era tempo de cuidar da aparência.
A maquiagem estava na moda e valorizava o olhar, o que levou a uma infinidade de lançamentos de produtos para os olhos, um verdadeiro arsenal composto por sombras, rímel, lápis para os olhos e sobrancelhas, além do indispensável delineador. A maquiagem realçava a intensidade dos lábios e a palidez da pele, que devia ser perfeita.


Dois estilos de beleza feminina marcaram os anos 50, o das ingênuas chiques, encarnado por Grace Kelly e Audrey Hepburn, que se caracterizavam pela naturalidade e jovialidade e o estilo sensual e fatal, como o das atrizes Rita Hayworth e Ava Gardner, como também o das pin-ups americanas, loiras e com seios fartos.
Entretanto, os dois grandes símbolos de beleza da década de 50 foram Marilyn Monroe e Brigitte Bardot, que eram uma mistura dos dois estilos, a devastadora combinação de ingenuidade e sensualidade.



Durante os anos 50, a alta-costura viveu o seu apogeu. Nomes importantes da criação de moda, como o espanhol Cristobal Balenciaga - considerado o grande mestre da alta-costura -, Hubert de Givenchy, Pierre Balmain, Chanel, Madame Grès, Nina Ricci e Christian Dior, transformaram essa época na mais glamourosa e sofisticada de todas.

Moda e Guerra

Década 40

Em 1940, a Segunda Guerra Mundial já havia começado na Europa. Muitos estilistas se mudaram, fecharam suas casas ou mesmo as levaram para outros países.
A silhueta do final dos anos 30, em estilo militar, perdurou até o final dos conflitos. A mulher francesa era magra e as suas roupas e sapatos ficaram mais pesados e sérios.
A escassez de tecidos fez com que as mulheres tivessem de reformar suas roupas e utilizar materiais alternativos na época, como a viscose, o raiom e as fibras sintéticas. Mesmo depois da guerra, essas habilidades continuaram sendo muito importantes para a consumidora média que queria estar na moda, mas não tinha recursos para isso.

O corte era reto e masculino, ainda em estilo militar. As jaquetas e abrigos tinham ombros acolchoados angulosos e cinturões. Os tecidos eram pesados e resistentes, como o "tweed", muito usado na época.



As saias eram mais curtas, com pregas finas ou franzidas. As calças compridas se tornaram práticas e os vestidos, que imitavam uma saia com casaco, eram populares.
O náilon e a seda estavam em falta, fazendo com que as meias finas desaparecessem do mercado. Elas foram trocadas pelas meias soquetes ou pelas pernas nuas, muitas vezes com uma pintura falsa na parte de trás, imitando as costuras.
Os cabelos das mulheres estavam mais longos que os dos anos 30. Com a dificuldade em encontrar cabeleireiros, os grampos eram usados para prendê-los e formar cachos. Os lenços também foram muitos usados nessa época.
A maquilagem era improvisada com elementos caseiros.

Lagosta e esqueleto,surreal?



Década de 30










Não na década de 30 começa sentindo o reflexo da crise da bolsa de Nova York.

É um período de crise, que se reflete na moda tornando o visual de homens e mulheres mais sóbrio, com aparência mais adulta porém não menos sofisticado

O glamour das atrizes hollywoodianas é a imagem do momento. Greta Garbo, Marlene Dietrich, Mae West, Jean Harllow são as divas mais copiadas.

Ombros destacados, o retorno da marcação da cintura e costas nuas

Os comprimentos são mi-molets, justos ou retos, com corte godé ou evasé

Cetins, corte no viés e tecidos sintéticos são algumas das novidades que aparecem

Trajes esportivos e trajes de banho, também tinha destaque os decotes profundos nas costas em formatos em V, para vestidos de festa.



Cabelos curtos e ondulados nas pontas davam o up ao visual, junto à chápeus de abas pequenas ou largas com flores.





Gabrielle Chanel continuava sendo sucesso, assim como Madeleine Vionnet e Jeanne Lanvin. A surpreendente italiana Elsa Schiaparelli iniciou uma série de ousadias em suas criações, inspiradas no surrealismo. Outro destaque é Mainbocher, o primeiro estilista americano a fazer sucesso em Paris. Seus modelos, em geral, eram sérios e elegantes, inspirados no corte enviesado de Vionnet.


Assim como o corpo feminino voltou a ser valorizado, os seios também voltaram a ter forma. A mulher então recorreu ao sutiã e a um tipo de cinta ou espartilho flexível. As formas eram marcadas, porém naturais.



Elsa Schiaparelli



A moda e a arte sempre caminharam juntas para Elsa Schiaparelli, uma italiana de alma francesa, que não criava apenas vestidos, chapéus e acessórios, mas verdadeiras obras de luxo e excentricidade. Suas roupas eram feitas para impressionar, para destacar a mulher que as usava.

Schiap, como era conhecida em Paris, viveu o auge de seu sucesso durante a década de 30. Era amiga dos artistas da época, como Jean Cocteau e Christian Bérard, mas foi com o surrealismo de Salvador Dalí que ela mais se identificou. Chegaram a trabalhar juntos em várias criações, como o chapéu-sapato, a bolsa em forma de telefone, o tailleur com vários bolsos em forma de gaveta e o vestido decorado com uma grande lagosta.

Jazz e Chanel

  

                                                             Década de 20

Uma década de prosperidade e liberdade, animada pelo som das jazz-bands e pelo charme das melindrosas, que eram mulheres modernas da época, que frequentavam os salões e traduziam em seu comportamento e modo de vestir o espírito da também chamada Era do Jazz

A sociedade dos anos 20, além da ópera ou do teatro, também frequentava os cinematógrafos, que exibiam os filmes de Hollywood e seus astros, como Rodolfo Valentino e Douglas Fairbanks. As mulheres copiavam as roupas e os trejeitos das atrizes famosas, como Gloria Swanson e Mary Pickford.
A cantora e dançarina Josephine Baker também provocava alvoroço em suas apresentações, sempre em trajes ousados.

Livre dos espartilhos, usados até o final do século 19, a mulher começava a ter mais liberdade e já se permitia mostrar as pernas, o colo e usar maquilagem. A boca era carmim, pintada para parecer um arco de cupido ou um coração; os olhos eram bem marcados, as sobrancelhas tiradas e delineadas a lápis; a pele era branca, o que acentuava os tons escuros da maquilagem.



A silhueta dos anos 20 era tubular, com os vestidos mais curtos, leves e elegantes, geralmente em seda, deixando braços e costas à mostra, o que facilitava os movimentos frenéticos exigidos pelo Charleston - dança vigorosa, com movimentos para os lados a partir dos joelhos. As meias eram em tons de bege, sugerindo pernas nuas. O chapéu, até então acessório obrigatório, ficou restrito ao uso diurno. O modelo mais popular era o "cloche", enterrado até os olhos, que só podia ser usado com os cabelos curtíssimos, a "la garçonne", como era chamado.





A mulher sensual era aquela sem curvas, seios e quadris pequenos. A atenção estava toda voltada aos tornozelos.
Em 1927, Jacques Doucet (1853-1929), figurinista francês, subiu as saias ao ponto de mostrar as ligas rendadas das mulheres, um verdadeiro escândalo aos mais conservadores.

A década de 20 foi da estilista Coco Chanel, com seus cortes retos, capas, blazers, cardigãs, colares compridos, boinas e cabelos curtos. Durante toda a década Chanel lançou uma nova moda após a outra, sempre com muito sucesso.

Outro nome importante foi Jean Patou, estilista francês que se destacou na linha "sportswear", criando coleções inteiras para a estrela do tênis Suzanne Lenglen, que as usava dentro e fora das quadras. Suas roupas de banho também revolucionaram a moda praia.
E as principais características de Patou era a influencia dos movimentos cubistas e o estilo da Art Decó.

Moda Exótica

De 1900 a 1919

A moda do início do século XX é conhecida, especialmente na Inglaterra, como período Eduardiano, devido ao sucessor da rainha Vitória da Inglaterra, Edward. Até o fim do século o estilo predominante era o vitoriano, caracterizado pelo uso permanente de espartilhos muito justos para conquistar a silhueta em "S" que se caracterizava pelo busto para frente e quadris para trás.



Após a morte da rainha, o ideal de beleza foi se modificando influenciado pela preferência do rei por mulheres maduras e cabelos grisalhos. Os trajes masculinos não dispensavam o chapéu, sobre-casaca, fraque, e também tinham grande variedade de sapatos que passaram a ser considerados acessórios da moda masculina.



Mantendo seu prestígio como criadora de moda, a França também influenciou o mundo na virada do século, a Belle Époque com toda a sua efervescência foi considerada uma era de ouro da beleza e inovação. Na metade da primeira década de 1900, Paul Poiret, revoluciona a moda deslocando a cintura para baixo dos seios, desapertando a silhueta formal e eliminando o espartilho, trazendo assim um novo conceito de moda pautado no conforto e no luxo dos tecidos leves. Logo, a moda européia passou a ser copiada no mundo inteiro, adaptada a todos os climas e camadas sociais.



Durante a década de 10 a moda era exótica e principalmente as mulheres foram infectadas pela febre oriental. O estilista Paul Poiret introduziu no vestuário feminino itens como turbantes, penas e jóias como decoração e túnicas com imitação de pele de animais.